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Salão do prédio de escritórios

Como Aumentar o Preço do Seu Serviço (e Por Que Isso Salvará Seu Negócio)

Atualizado: 21 de ago.

empresária fazendo anotações


Você conhece a cena. O orçamento está pronto, o serviço está perfeitamente desenhado, mas o cursor pisca teimosamente no campo do preço. Uma gota de suor frio escorre. Você digita um valor, apaga. Pensa "é muito". Digita outro, mais baixo, e sente uma pontada de ressentimento. "É pouco".


Essa batalha silenciosa não é sobre matemática. É sobre valor, merecimento e, no fundo, sobre a sobrevivência do seu negócio. Durante muito tempo, eu mesma fui essa pessoa. A que tinha um trabalho de alta qualidade, mas um preço que pedia desculpas por ele. Até que entendi uma verdade brutal: um negócio que não se paga não é um negócio, é um hobby caro. E aumentar o preço não era sobre ganância; era sobre respeito pelo meu próprio trabalho e sobre a sustentabilidade dos meus sonhos.


Então, Como Aumentar o Preço do Seu Serviço?


Se você sente que entrega muito e cobra pouco, este texto é a conversa que precisamos ter. Vamos desconstruir os medos que te paralisam e traçar um plano para você finalmente cobrar o que seu trabalho realmente vale.


Na minha jornada e na de centenas de pessoas que auxiliei, percebi que a dificuldade em precificar quase sempre se resume a três medos muito específicos. Qual deles está sentado ao seu lado agora?


A Síndrome do Impostor: "Será que meu trabalho é bom o suficiente?"

É a vozinha cruel que sussurra que você precisa de "só mais um curso" ou "mais um ano de experiência" para ser digna de cobrar mais. Você vê concorrentes com um serviço claramente inferior ao seu praticando preços mais altos e, em vez de se sentir confiante, você duvida de si mesma.


Se você já entrega um resultado consistente e de qualidade, sua dúvida não é sobre competência. É sobre a necessidade de uma permissão externa que nunca chegará.

A única pessoa que pode validar seu preço é você.

O Medo da Rejeição: "E se eu perder todos os meus clientes?"

O pavor de ouvir "não, obrigado" faz com que você baixe o preço antes mesmo de negociar. Você talvez prefira a falsa segurança de um cliente que paga pouco ao "risco" de apresentar seu valor real e ser rejeitada. Sim, talvez você perca alguns clientes, mas avalie essa perda: o quão benéfica será? São clientes importantes para seu negócio, existe alguma ligação entre você e seu cliente? Por exemplo, em alguns momentos já mantive vários clientes com valor mais baixo por manter uma relação de amizade e de acreditar em tal projeto, esse pode ser um caminho, mas não precisa ser a regra, e sim a exceção.


Esteja atento aos clientes que apenas estão preocupados em preço barato, não valoriza seus diferenciais e nem o seu trabalho, e que além de tudo isso ainda demandam muita energia.


A Armadilha da Expertise: "Mas o que eu faço é tão simples... para mim"

Você passou anos estudando, praticando e aperfeiçoando sua técnica. O que hoje parece "fácil" ou "rápido" para você é, na verdade, o resultado de milhares de horas de dedicação. Cobrar pouco por isso é desvalorizar toda a sua jornada.


Seu cliente não está pagando pela hora que você leva para executar a tarefa. Ele está pagando pelo acesso rápido e eficaz a anos de sua experiência. Ele paga para não ter que passar por todo o caminho que você já trilhou. Isso não é simplicidade, é maestria. E maestria custa caro.


Mas acima de tudo: seja sincero consigo mesmo e com o seu fornecedor, cliente e parceiro, não é sobre cobrar em excesso, é o justo.


Não adianta ter um preço alto e apenas parecer ser, seja, de verdade!


Beleza, você entendeu os medos. Lembre-se: Cobrar mais não é um ato de coragem cega, é uma decisão de negócio estratégica.


Agora, vamos para a prática:

A primeira pergunta a se fazer é: o meu público atual valoriza e pode pagar pelo nível de serviço que eu quero oferecer? Seu preço define seu público (e vice-versa)


Às vezes, o público que te acolheu no início não é o mesmo que vai te levar para o próximo nível. E está tudo bem. A solução pode ser criar uma nova oferta, um serviço premium ou um produto de maior valor agregado para um público diferente e você pode ou não manter o anterior, apenas faça a diferenciação da forma correta.


O segundo ponto é: um preço premium não pode ser sustentado por uma experiência medíocre. O seu cliente precisa sentir a qualidade antes mesmo de passar o cartão. Pense em toda a jornada:

  • O primeiro contato: Seu perfil no Instagram, seu site ou sua resposta no WhatsApp comunicam profissionalismo e excelência?

  • O processo de orçamento: É claro, detalhado, tudo isso inspira confiança?

  • A entrega: É organizada, pontual e supera as expectativas?

O preço alto gera uma promessa. Sua operação inteira precisa ser a entrega dessa promessa.


A mudança não acontece da noite para o dia, mas começa com uma única decisão.

  1. Faça uma Análise Honesta de Valor: Pegue um papel e liste 3 a 5 diferenciais claros do seu serviço. Por que um cliente deveria te pagar 30% a mais do que paga ao seu concorrente? Tenha clareza sobre isso.


  2. "Demita" o Cliente Errado: Se for possível, dentro do seu fluxo de caixa, pense naquele perfil de cliente que sempre pede desconto e suga sua energia. Agora, defina um novo preço base que funcione como um portão para que esse perfil simplesmente não entre mais. Proteger sua energia é a melhor decisão de negócio que você pode tomar.


  3. Eleve Um Ponto de Contato: Escolha UMA única etapa da sua jornada de cliente (pode ser a apresentação de proposta) e a redesenhe para que ela pareça um serviço premium. Pequenas melhorias criam uma onda de percepção de valor.


Comece a agir como a líder do negócio que você quer construir. Estruture sua operação para ser excelente e, então, ajuste seu preço para refletir essa nova realidade. O preço não define seu valor. Ele apenas o comunica.

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